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PTKM cria inovadora horta vertical

31 Janeiro 2023

A empresa PTKM acaba de criar um novo modelo de horta vertical: uma torre de aeroponia. Pedro Neves, administrador, conta que a empresa desenvolveu e concretizou este projeto tendo como objetivo final “a contribuição para a sustentabilidade ambiental”. Trata-se de um produto que vai além das convencionais hortas verticais, uma vez que “a empresa trabalhou num conjunto de vertentes e pormenores específicos” que o colocam como “uma opção sustentável, cómoda e prática de cultivar alimentos, sejam hortícolas ou frutos”.


“Há uma panóplia de alimentos que se podem cultivar em simultâneo, como alfaces, couves, morangos, tomates, entre muitos outros”, explica, sublinhando que o objetivo foi, com esta torre, alcançar o consumidor caseiro. Ou seja, este produto pode ser colocado em qualquer casa, por menor que seja a sua dimensão, e a sua facilidade de operar faz com que cada pessoa se possa transformar num agricultor de sucesso.


Com isto, acentua Pedro Neves, “os produtos hortícolas e os frutos entram nas casas a preços muito mais baratos”. Mas esta não é a única vantagem deste produto, esclarece ainda. “Esta torre permite poupar água”, exemplifica, contando que num cultivo tradicional, na terra, um produto necessita de 25 litros de água para se desenvolver enquanto que, na torre, bastam, no máximo, dois litros. Para além disso, toda a área de cultivo ocupa menos espaço, podendo ser colocada em qualquer canto da casa, não tem custos de distribuição e entrega, nem perdas de nutrientes ou outros porque cada alimento é colhido no momento que está apto para consumo.


A PTKM desenvolveu este projeto em parceria com uma empresa do sector agrícola, a Groho Garden, que é responsável pela sua comercialização. E a torre de cultivo está já apta para ser adquirida, online, no site desta empresa, sendo acompanhada por um conjunto de conselhos e dicas para que cada consumidor possa retirar o máximo partido do produto. Em 2023, será apresentada em algumas feiras do sector, em países como Itália ou França.


Pedro Neves adianta que se trata de uma torre modular, que varia em altura, em função das necessidades de cada pessoa; ou seja, da quantidade de plantas que se pretende cultivar. No modelo considerado ‘base’, a torre pode albergar 32 plantas em simultâneo, mas no seu tamanho máximo, pode chegar às 104 plantas.


Este projeto, revela Pedro Neves, começou a ser desenvolvido em 2019. E percorreu todo um caminho, entre a ideia inicial, os testes, os protótipos, as correções e alterações, as melhorias, até à versão final que está agora em fase de industrialização. Para aqui chegar foi necessário investigar também os materiais e as suas características, para a escolha recair num tipo de plástico que é passível de ser reutilizado.


A empresa “não recebeu qualquer tipo de apoio ou estímulo para este projeto”, esperando, agora, com a sua chegada ao mercado, recuperar o valor investido. Neste momento, também, sublinha, está a decorrer o processo de registo de patente de algumas das soluções desenvolvidas. É que, apesar da hidroponia ser uma técnica conhecida de cultivo, algumas das inovações introduzidas neste projeto, asseguram “melhorias muito consideráveis e uma aposta visível na economia circular”.


A torre de aeroponia foi apresentada publicamente na iniciativa ‘Portugal Smart Cities Summit’, que decorreu em outubro de 2022, na FIL, em Lisboa. “Percebemos que o produto despertou a curiosidade de bastantes pessoas”, conta, adiantando que o objetivo é, além do mercado português, conquistar clientes além-fronteiras.



Foto: PTKM


NOVOS MODELOS

Para Pedro Neves, o desenvolvimento de novos produtos e a sua colocação no mercado é uma aposta que “faz sentido”, integrandose no objetivo da PTKM de “diversificar a sua oferta, para além do fabrico de moldes”. Nesse sentido, a empresa criou, há quatro anos a ‘CompartMod’, destinada ao desenvolvimento de novos produtos.


Esta torre de aeroponia é o primeiro a ser comercializado, mas a empresa “tem outros pensados e que serão, num futuro próximo, desenvolvidos”.


“Esta é forma de respondermos a alguns dos desafios que nos vamos apercebendo que existem no mercado”, salienta, explicando que as áreas a percorrer serão, como estratégia, fora da indústria automóvel.


“Enquanto fabricantes de moldes, temos esta dependência do automóvel, que procuramos alterar”. Por outro lado, salienta a importância “das parcerias com outras empresas, de diferentes sectores”. É que, sublinha, “sozinhos não conseguimos percorrer este caminho” que, no seu entender, é “a opção que assegura o futuro e a competitividade”.