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Sem empresas grandes não há escala. E sem escala, as empresas portuguesas não conseguem comparar-se às de outros países europeus.
Esta premissa foi defendida por Pedro Ginjeira Nascimento (Business Roundtable Portugal), durante o XI Congresso da Indústria de Moldes, que decorreu em março. Considera que só com maior quantidade de empresas de maior dimensão será possível que “Portugal cresça e integre o top 15 dos países mais ricos da União Europeia, onde já esteve”.
Advertindo que o défice das médias empresas é maior do que nas grandes, considerou que gerando melhores empresas é possível alcançar mais riqueza e, com isso, por exemplo, pagar melhores salários.
Para João Cortez (Celoplás), as empresas de moldes têm de melhorar o seu planeamento, abarcar toda a cadeia de valor e diversificar. Para crescer, devem usar todas as ferramentas que têm ao seu alcance e, no caso da Celoplás, o crescimento tem acontecido de forma orgânica. No atual contexto, “possivelmente algumas microempresas irão passar por dificuldades”.
Já José Carlos Gomes (Durit) é da opinião que a escala, entre outras vantagens, permite diluir custos fixos das empresas. Além disso, para internacionalizar, as empresas precisam de dimensão. “A indústria de moldes em Portugal desenvolveu-se com empresas pequenas, mas acredito que as empresas maiores têm capacidade de captar melhores quadros, pagar melhor e ser mais competitivas”, defendeu.
E a escala pode fazer-se com investimento da própria empresa ou por investimento exterior. Aqui, poderá haver até lugar a fusões e aquisições que, sustentaram, em algumas situações podem ser benéficas. Além disso, uma forma possível de o fazer é através da cooperação.
José Carlos Gomes lembrou que esta colaboração existe, mas tem tido contornos pouco formais. “Poderá ser uma possibilidade positiva, criando formas novas de consórcio – mas este tem de ter regulação clara - para determinado tipo de mercados ou negócios. Até porque, a dimensão facilita a negociação”, considerou.