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O impacto do carro do futuro na cadeia de valor da indústria automóvel foi discutido no Automotive Summit, uma conferência com a chancela da CNN Portugal, e que contou com a participação de Gonçalo Tomé (APIP) João Faustino (CEFAMOL), José Couto (AFIA) e Nuno Rangel (APLOG) no painel de debate.
O carro do futuro vai constituir uma oportunidade ou uma ameaça para a indústria?
José Couto, presidente da AFIA, referiu que os fabricantes nacionais de componentes têm ganho mercado e reforçado o seu posicionamento, crescendo inclusivamente acima dos valores da União Europeia, o que reflete uma capacidade de resiliência que lhes permite encarar o paradigma do automóvel do futuro como uma oportunidade.
José Couto (AFIA)
João Faustino, presidente da CEFAMOL, mostrou-se confiante na adaptabilidade do sector dos moldes às circunstâncias provenientes das mudanças que têm pautado o ramo automóvel. Reconhece que o desaparecimento de algumas peças possa revelar-se um obstáculo, visto que se refletirá também na redução de moldes, contudo, serão criadas novas, o que se trata de uma oportunidade para os fabricantes contribuírem para o desenvolvimento de novos modelos, junto das OEM.
Gonçalo Tomé (APIP)
No âmbito da indústria do plástico, Gonçalo Tomé, vice-presidente da APIP, não tem dúvidas sobre a oportunidade que o carro do futuro representa, uma vez que nunca antes se utilizou tanto plástico na conceção de automóveis, com impacto positivo direto em fatores como o peso, a segurança e a comodidade. No entanto, alertou para a importância de se refletir sobre onde estes carros estão a ser produzidos, pois afeta a competitividade da indústria nacional.
Nuno Rangel (APLOG)
Sobre a deslocalização da produção automóvel para o Oriente, Nuno Rangel, diretor da APLOG, reforçou a ideia de reindustrialização da Europa e a necessidade de as empresas terem fornecedores em diferentes geografias, para que consigam contrabalançar os atrasos e disrupções que possam afetar as cadeias de abastecimento (e consequentemente provocar a escalada de preços) asiáticas. José Couto concordou com o facto de a distância ser fundamental, não apenas para garantir um rápido fornecimento, mas também para contribuir positivamente para a descarbonização e responsabilidade ambiental das empresas. Por seu turno, João Faustino admitiu que «a deslocalização das montadoras para a Ásia é um problema enorme, porque fabricamos moldes de dezenas de toneladas e nós não conseguimos vendê-los para a Ásia. O nosso foco está na Europa, nos Estados Unidos, México, Brasil,... Se as empresas forem para a Ásia, deixamos de ser competitivos e deixamos de ter os clientes que tínhamos». Além disso, chamou à atenção para a grande pressão dos automóveis chineses na Europa, o que é em si um outro grave problema para a indústria europeia, dado que «se uma Audi não fabrica, nós não fabricamos; se uma Peugeot não fabrica, nós não fabricamos», acrescentando que crê que, mesmo que a China instale fábricas na Europa, não haverá partes (moldes, componentes, peças plásticas) produzidas em território europeu.
João Faustino (CEFAMOL)