
Jornada Tecnológica DIH4Global Automotive: Conectar a Indústria e a Inovação
O projeto DIH4Global Automotive, em parceria com a Cefamol, v (...)
16 Outubro 2025
17 Junho 2020
‘A grafite não é toda igual’ foi o tema de mais um webinar inserido no conjunto de sessões técnicas que a CEFAMOL promove durante o mês de junho. A ação, que contou com a presença de cerca de quatro dezenas de profissionais da indústria, teve lugar no dia 16 de junho.
Joel Silva, da N.O., e Emmanuel Ambrosetto, da Poco Graphite (empresa americana que fornece grafite), apresentaram algumas das características desse material, elencando alguns dos principais fatores que se deverão ter em consideração no momento da escolha da grafite a utilizar. Os fatores-chave da escolha, sublinharam, são “a resistência ao desgaste”, “a maquinação”, “o acabamento superficial”, “o arranque (velocidade da erosão)” e “o custo do material”. E chamaram a atenção para a necessidade de ponderar estes fatores e fazer a escolha correta da grafite logo na fase inicial do processo.
Emmanuel Ambrosetto, engenheiro com mais de 20 anos de experiência neste material, começou por explicar que a grafite, um derivado do petróleo, surge em diferentes estados, resultantes da maior ou menor agregação dos diversos tipos de grão que a compõem. Na sua empresa, sublinhou, não são usados ligantes (como o alcatrão) para unir os grãos. O processo de ligamento é a pressão isostática.
Cada grafite, disse ainda, tem as suas propriedades físicas e mecânicas, e está dividida em várias classes que importa conhecer para fazer a escolha adequada e retirar o maior rendimento do material. Deu exemplos: o tamanho do grão que compõe a grafite, a resistência à fricção, a dureza, a resistência elétrica ou a densidade.
Quanto mais pequeno o grão, maior é a qualidade da grafite. E essa qualidade é fundamental na indústria de moldes, no processo de acabamento, disse. Já no processo de erosão, sublinhou, esta característica não tem grande influência.
Chamou ainda a atenção para um outro aspeto: a dureza da grafite. E sublinhou que “a durabilidade da ferramenta na máquina decresce muito com a dureza da grafite”. Outro pormenor que destacou foi a densidade da grafite, dizendo que “quando é mais densa, podemos ter um desgaste mais pequeno”.
Concluiu alertando que a escolha de uma grafite errada pode aumentar os tempos e custos do processo e até comprometer o resultado final.