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Indústria 4.0 é um mundo de oportunidades para empresas do sector

20 Abril 2021

Há um leque variado de tecnologias que estão disponíveis no mercado e que podem auxiliar as empresas a alcançar o sucesso. Este foi o mote do webinar ‘Indústria 4.0: oportunidades para empresas de moldes e plásticos’ que, organizado pelo CENTIMFE, decorreu no dia 19 de abril, tendo como objetivo apresentar uma visão geral sobre alguns dos conceitos da ‘I4.0’ e o que significam para a indústria, bem como algumas técnicas e tecnologias disponíveis e em desenvolvimento.


A inovação é a meta e as soluções são muitas. Fabrico Aditivo, Inteligência Artificial, Machine Learning, Análise de Dados, Robótica, Realidade Aumentada, Realidade Virtual e a Internet das Coisas foram algumas das tecnologias que estiveram em destaque na iniciativa, que contou com a participação ‘virtual’ de mais de sete dezenas de profissionais do sector.


Rui Tocha, na sessão de boas-vindas, destacou a importância que as empresas do cluster Engineering & Tooling têm dado à ‘I4.0’, um tema que, no seu entender, é “referência para uma indústria mais competitiva”. De acordo com o diretor geral do CENTIMFE, o sector tem adotado muito do que preconiza o conceito da ‘I4.0’. Muitas empresas, salientou, têm sido, até, “pioneiras em algumas tecnologias”.


António Batista, do CENTIMFE, destacou, por seu turno, alguns dos que considera serem “desafios críticos” que se colocam à indústria de tooling, exemplificando com os sistemas ciber-físicos que, sustenta, constituem uma revolução nos dados. E os dados são, no seu entender, a palavra-chave: é necessário criar soluções que permitam transformar em conhecimento os dados que são recolhidos. E se, até agora havia um espaço temporal entre a recolha e o conhecimento gerado, com a introdução da Inteligência Artificial, esse lapso temporal tende a esbater-se. E esta é, enfatizou, a realidade que chega agora às empresas.


O responsável salientou que “as novas tecnologias significam novas oportunidades” que as empresas têm de agarrar. Centrando-se na indústria de moldes, lembrou os passos que esta deu, entre o momento em que os processos eram manuais até aos dias de hoje, para concluir que com as sucessivas inovações, as empresas souberam retirar proveitos”. “O mundo está em mudança, mas não devemos ter medo. Devemos, sim, integrar as tecnologias de forma mais consistente para responder aos desafios da forma mais eficiente”.


O orador seguinte, Ricardo Freitas, também do CENTIMFE, apresentou um demonstrador que está a ser preparado naquele centro tecnológico, no âmbito do projeto mobilizador ‘Tooling 4G’. Trata-se de um trabalho conjunto envolvendo o Politécnico de Leiria, as empresas GLN Molds, Moldes RP e InCentea, bem como o CENTIMFE. No essencial, destina-se ao chão de fábrica, introduzindo tecnologias que permitam a localização de todas as peças. Com isto, destacou, pretende-se “aproximar a indústria aos conceitos e desafios da I4.0, entre os quais a produção zero defeitos”.



Oportunidades reais

Coube a Luís Marrazes, da Tecnimoplás, apresentar um exemplo prático de como as tecnologias estão, já, a mudar a produção. No caso da sua empresa, apresentou as alterações implementadas no CAD. De uma forma mais abrangente, considerou que as ferramentas disponíveis hoje são imprescindíveis para ajudar a modernizar a indústria, tornando-a mais inovadora, conectada, flexível, resiliente e produtiva.


Lembrou que uma das principais lições retirada da primeira revolução industrial – a importância da adoção das tecnologias – ainda hoje se mantém atual. E frisou que essa lição foi um dos passos que permitiu o desenvolvimento industrial.


Enfatizou que os maiores desafios que se colocam hoje às empresas são “o entendimento de toda esta revolução que atravessamos e percecionar um caminho de futuro”. Deixou depois algumas recomendações em relação à adoção de tecnologias, destacando a análise sistemática das reais necessidades e a orientação focada nos resultados. Considerou que é preciso ter visão alargada, criar um sentido de urgência para a mudança e ter equipas multidisciplinares e integradoras de várias competências. Destacou ainda ser necessário enquadrar as tecnologias ao contexto de cada empresa. Estas só são vantajosas se assegurarem um aumento da competitividade, frisou.


A sessão terminou com a intervenção de Rui Soares, do CENTIMFE, que fez uma apresentação do projeto 4Zeroplast. Um modelo revolucionário de formação, destinado a gestores de PME na indústria de plásticos, e assente numa aplicação móvel. Este sistema apresenta grandes vantagens, no seu entendimento, tendo destacado, de entre elas, “uma formação mais simplificada, acessível, prática e focada”.