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Jorge Oliveira, da Moliporex (Grupo VANGEST), desenvolveu o tema ‘Tecnologia vs eficiência produtiva: criar valor nas empresas’ durante o XI Congresso da Indústria de Moldes, defendendo que a produção do molde "é muito mais do que desenhar, fabricar e montar", encarando-a como o ponto de partida para a criação de valor nas empresas.
É preciso um controlo de todas as etapas, de forma a perceber quanto custa cada passo. Desde logo, salientou, perceber o preço de um novo cliente, comparado com o custo da manutenção de um cliente habitual. São questões que as empresas nem sempre analisam, mas que são fundamentais quando se procura eficiência.
Para a generalidade das contas que é necessário fazer, a tecnologia ajuda. Há toda uma panóplia de softwares, contou, que apoiam na tomada de decisões, seja em relação à escolha do cliente e do mercado, seja no fabrico do molde e até nos ensaios finais.
No seu entendimento, é fundamental um acompanhamento de todo o processo, até a jusante, já na casa do cliente. “A sensorização do molde, para saber o que está a acontecer, é fulcral”, considerou. Por isso, de forma a maximizar a eficiência, defende que é necessário conhecer as ferramentas e as melhores práticas, envolver as pessoas, customizar tecnologias e alcançar a excelência, sendo esta representada por zero defeitos, zero desperdício e zero acidentes.
A temática foi debatida por Jorge Cardoso (SF Moldes) e Jorge Ferreira (Intermolde), moderada por Rui Tocha (CENTIMFE).
Jorge Ferreira, cuja empresa se dedica à produção de moldes para vidro, explicou que, no seu caso, a concorrência já não se faz pelo preço: este é, genericamente, baixo. “Tivemos de melhorar a produtividade, com registo de tempos de produção e alinhar objetivos transversais a toda a empresa”, explicou. O sistema de fabrico é integrado e a empresa consegue aferir, com rapidez, o estado da produção do molde e o seu custo. Além das tecnologias, salientou, é preciso ter em conta o rigor e o tempo. E o resultado de todo este conjunto garante a diferenciação em relação aos seus concorrentes.
Já Jorge Cardoso defendeu que o desafio está na integração. “Estamos munidos de tecnologias e estas estão disseminadas pela indústria, mas é fundamental a integração entre elas”, advertiu. Para além disso, acrescentou, é crucial ter a empresa dotada de ferramentas que permitam saber, com rigor, os custos e os ganhos, de forma que se consiga saber quanto se pode baixar no preço do molde ao cliente. Algo que, considera, é fulcral, num tempo em que preço é a principal exigência dos clientes. “Temos de saber quanto custa o que fabricamos para conseguir saber, com rigor, por quanto podemos vender”, afirmou.