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Opinião

METALCOBRE: «Novas ligas garantem ganhos de tempo e beneficiam o cliente final»

20 Dezembro 2023

A indústria de moldes já representou cerca de 80 % do total das vendas da Metalcobre. Contudo, atualmente, situa-se em cerca de 40 %. Marco Domingues justifica esta redução devido à dependência de uma indústria que, ciclicamente, passa por momentos de menor produção. Por isso, a aposta tem-se centrado na diversidade.


No caso da indústria de moldes, e lembrando que os aços não são todos iguais, Marco Domingues explica que há alguns de características especiais mais direcionados a determinados tipos de moldes, que vão servir indústrias como a automóvel, médica, farmacêutica ou alimentar.


“A indústria de moldes é a que, normalmente, usa mais tipos de aços, dada a enorme variedade de sectores que serve”, afirma. Contudo, salienta, muitas vezes o aço a usar nos moldes é escolhido pelo cliente final. “Por vezes, mesmo tendo conhecimento de que há melhores soluções, os fabricantes de moldes não conseguem convencer os seus clientes a mudar a escolha que, em alguns casos, se centra num tipo de aço mais económico”, conta.



A QUALIDADE

Tendo em conta que a maioria das empresas de moldes aposta na qualidade, mesmo na seleção de aço mais ‘corrente’, outras há que “se centram efetivamente apenas no preço, comprometendo o desempenho do molde e acabando por prestar um mau serviço, resultando, por vezes, na perda de clientes”.


Uma forma de ultrapassar esta questão seria que a indústria de moldes trabalhasse mais em parceria com os seus fornecedores, de forma a encontrarem, em conjunto, as melhores soluções, favorecendo a qualidade do produto (molde) e uma maior satisfação do cliente final, sustenta.


“Não estou a dizer que os moldistas não conhecem os aços: pelo contrário, são das indústrias que melhor os conhecem e sabem que tipo de aço utilizar para alcançar os objetivos que necessitam”, considera. Mas, adianta, “como os fabricantes de aço vão apostando na inovação, os moldistas recorrem, por vezes, a nós, procurando apoio técnico sobre essas soluções”, acentuando que “estes são os que procuram dar mais qualidade ao seu cliente e não estão focados apenas no preço”. E a quantidade de empresas que agem desta forma tem, na sua opinião, vindo a crescer.


A qualidade dos aços, devido à aposta na investigação, também tem melhorado, salienta. Têm surgido novas ligas que garantem melhores resultados, explica. Mas lembra, logo de seguida, que “para muitas empresas de moldes, isso pouco significa porque mantêm aquela ideia de que o que sempre usaram garante confiança e têm medo de arriscar. Mas o que é certo é que as novas ligas garantem ganhos de tempo e de máquina e quem vai retirar partido disso é o cliente final”, frisa, adiantando que, “mesmo que essa aposta vá encarecer um pouco o aço, a verdade é que aumenta a rentabilidade”. No caso da empresa que representa, explica, estes aços especiais “garantem a melhor condutibilidade térmica e resistência ao desgaste”.


Em relação ao ‘aço verde’, Marco Domingues considera que ainda é uma questão para o futuro. “Até hoje, nunca ninguém me questionou acerca do assunto, nem manifestou preocupação com essa questão”, explica, considerando que, por isso, será um tema apenas “teórico” no futuro mais próximo. No entanto, defende que, a par da sustentabilidade ambiental, deveria haver uma preocupação maior em torno da sustentabilidade financeira.