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Otimização implica definição prévia das metas de cada empresa (o caso da SOCEM)

14 Setembro 2021

Chegar a um processo otimizado que permitirá agilizar a produção, de forma a ganhar competitividade. Esta é a ambição de cada uma das empresas. Para atingir esse patamar, é preciso definir uma estratégia e agir em função das suas necessidades. Antes de investir em novos equipamentos, há que rentabilizar e otimizar com os já existentes, num processo onde as pessoas são, afinal, o mais importante.


“Não vale a pena avançar na otimização sem saber o que temos, o que queremos e o que ganhamos em otimizar”. Este é o alerta de João Reis, Diretor de Qualidade, Ambiente e Segurança do Grupo SOCEM, para quem “o ponto chave da otimização é saber onde estamos no que diz respeito ao nosso método e só depois definir o que queremos alcançar”.


Mas há um fator que importa ter em conta neste caminho, como adverte Paulo Oliveira, do mesmo Grupo: “não basta ter as ferramentas, nem implementar algo de novo na empresa se, depois, não começarmos a tratar a informação que nos é fornecida”. Adianta que, muitas vezes, “começamos a obter dados, mas nem sempre os que necessitamos e, para além disso, nem sempre damos seguimento a esses dados que nos são fornecidos”. Ou seja, é necessário escolher as ferramentas que permitam obter os dados que são necessários e que a empresa tem, depois, de trabalhar.


Uma vez começado o processo de otimização, ele estende-se até onde cada empresa quiser, salienta João Reis. “Na otimização nunca há um fim definido. O que o mercado nos pede, hoje, é que estejamos sempre atualizados, seja nos processos, nos procedimentos. E essa atualização nunca acaba, está constantemente a ser renovada”, explica. Paulo Oliveira acrescenta que convém, até, “estar sempre um passo à frente da atualização”, uma vez que “otimização também é estar um passo à frente do que nos é pedido”.


A SOCEM, conta João Reis, “cresceu nesta rota de evolução constante, de otimizações, de forma a dar as melhores respostas aos clientes”. E hoje, sublinha, otimizar é, até, uma necessidade, face ao atual estado do mercado. “As exigências são enormes: muito menos prazo, moldes mais baratos e temos de conseguir ganhar dinheiro; temos de ser produtivos e rentáveis”, salienta.



DECISÃO ESTRATÉGICA

Para conseguir isso, sustenta, é preciso otimizar desde uma fase muito inicial. “Discutir bem os projetos logo na fase inicial ajuda a decidir muita coisa, a nível de maquinação”, exemplifica. Depois, lembra, há todo o resto: as máquinas, nas várias empresas do Grupo, alinhadas para comunicarem entre si e toda a empresa focada no sentido de dar a melhor resposta ao cliente. E isso, no seu entender, só se alcança quando uma empresa consegue “dar uma resposta completa”. Ou seja, abarcar todo o processo de fabrico, incluindo a injeção da peça. “Este conceito e mentalidade já vem desde a origem desta empresa”, conta, enfatizando que “a postura do administrador faz toda a diferença numa organização”.


João Reis acrescenta que “dar demasiada importância às tecnologias é um risco perigoso”, defendendo que “é preciso integrar as pessoas, formá-las, e informá-las sobre a estratégia”. No fundo, otimizar a comunicação.


Com isto, as vantagens são, para João Reis, evidentes, passando pela redução de custos, eliminação do desperdício e a criação de mais valor acrescentado. “Temos de nos enquadrar na realidade, dar a melhor resposta e ser rentáveis. Para isso, é preciso que nunca estejamos acomodados. Temos de procurar ir sempre mais além, mas em função da nossa estratégia”, considera.



ROBOTIZAÇÃO

Para estes dois profissionais da SOCEM, a aposta em robotização e células de produção é incontornável, sob pena de se perder o comboio da otimização. Paulo Oliveira destaca que “a robotização e as células de produção são uma mais-valia quando se fala de otimização, porque permitem que o processo seja mais rápido, eficiente e consigamos ter os custos/prazo de forma controlada e direcionada”. O Grupo tem várias células, conta, explicando que, com elas, “consegue produzir-se de forma mais sistemática, com mais eficiência e menos desperdício”.


E neste processo de evolução constante, João Reis acredita que, no futuro, “muitos dos passos terão a ver com a constante evolução e as diretrizes dos clientes”. Dando como exemplo a pandemia, lembra que “de um momento para o outro, as regras do jogo mudam”. Por isso, considera, “no que diz respeito à otimização, temos de estar sempre com a mente aberta e focados a pensar fora da caixa”. Paulo Oliveira conclui, considerando que “a evolução na indústria de moldes está muito acelerada e, por isso, “é preciso estar, diariamente, preparados para a constante mudança do mercado”.



 

Foto: SOCEM




Texto: Helena Silva
Publicação: Revista TECH-i9 2021 (pp. 12-13)