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Simulação adiciona fiabilidade e qualidade ao projeto do molde (Planimolde)

27 Setembro 2021

Um processo produtivo ganha qualidade quanto mais cedo se conseguirem detetar possíveis problemas. Por isso, a ligação estreita entre o projeto e a simulação adiciona qualidade e fiabilidade, não apenas à conceção do molde, mas ao processo produtivo. As empresas têm hoje consciência desta vantagem e, de uma maneira geral, esta ligação está otimizada. Há, no entanto, na fase do projeto, algumas resistências a adotar procedimentos mais otimizados, que permitem ganhar tempo e qualidade. E muitas destas dificuldades, contam as empresas, têm origem, muitas vezes, nas definições dos projetos impostas pelos próprios clientes.


É inegável que na conceção de um molde, o projeto, é um processo que está muito sustentado na criatividade do projetista. Apesar dessa evidência, é, contudo, possível otimizar alguns pormenores. Como seja o recurso a elementos standardizados. Quem o defende são Horácio Silva e João Barreto, da Planimolde.


E esse standard, explica João Barreto, podem ser peças de catálogos de empresas fornecedoras, mas também a criação, pela empresa, das suas próprias peças que passem, por norma, a ser utilizadas sempre que possível. “Os fornecedores destas peças já têm os seus próprios standards. E isto é vantajoso para a empresa que fabrica o molde porque basta comprar a peça e montar. Depois, tem vantagem também no que diz respeito à fase de manutenção. Por exemplo, quando alguma dessas peças se estraga basta solicitar uma igual, pela referência. Ou seja, é também uma vantagem para o cliente”, refere.


No entanto, adverte Horácio Silva, o cliente nem sempre partilha esta visão. “Muitas vezes, não admite que usemos os nossos standards; é ele quem define o que quer, no seu caderno de encargos”, adianta. E isso, adverte João Barreto, “trava um pouco o projetista no que diz respeito à criação de standardizações internas”.


Na prática, este procedimento standard é usado quando possível, mas, no entender dos dois técnicos, podia sê-lo mais vezes. Aliás, referem a responsabilidade da escolha das peças a usar no molde devia ser, até, de quem projeta. “Temos de dar garantias do molde, mas fazê-lo segundo o caderno de encargos do cliente. Ora, a responsabilidade é nossa, por isso deviam dar-nos liberdade de criar o que achamos melhor para cumprir o objetivo do cliente”, salienta João Barreto.


Horácio Silva concorda. “A ligação à máquina (de injeção) tem de seguir as regras do cliente. Isso é certo. Mas toda a construção do molde, devíamos ser nós a poder definir”, sustenta.


Mas standardizar nesta fase não se limita à criação (ou colocação) destas peças. Os dois defendem que, quanto mais cedo melhor, os projetistas devem ter ‘templates’ criados, sobre o quais possam trabalhar. Isto, dizem, introduz enormes ganhos de tempo ao processo porque “é mais fácil do que começar cada projeto de raiz”.


A imposição do cliente não é, contudo, a única dificuldade neste caminho de otimização na fase do projeto. “Há também alguma resistência interna, porque todo o projetista quando inicia o projeto de um conjunto de peças, busca, com base na sua experiência, a criação de acordo com as dimensões que ele considera serem as ideais. No entanto quando tenta recorrer a um standard, normalmente não existe algo exatamente igual ao que ele idealizou, considera Horácio Silva, frisando que, “isto faz com que o projetista nem sempre opte por usar um standard, preferindo criar uma nova peça que permita manter exatamente o que idealizou”.