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SF Moldes: “Qualidade é a espinha dorsal da empresa”

01 Outubro 2021

“O processo de qualidade é a espinha dorsal da empresa”. Jorge Cardoso, da Schneider Form Portugal (SF Moldes), começa por esclarecer que esta frase, apesar de não ser da sua autoria, resume a forma como entende a importância da gestão da qualidade.


É que, adianta, “a qualidade reflete os processos internos ou externos, as responsabilidades ou as tarefas; abrange o todo da empresa”. E só desta forma se pode considerar que o sistema está bem implementado e que é útil, uma vez que “permite que não existam trabalhos repetidos, seja por departamentos ou por funções, e o processo produtivo é muito mais otimizado”, sustenta, frisando que “todos os métodos de validação, verificação, controlo de processos já foram pensados de forma rigorosa e todos os colaboradores estão a trabalhar de forma otimizada”.


Para que se chegue aqui, considera, é fundamental que exista uma definição dos processos da empresa. “Uma empresa que não faça isto, acaba a trabalhar sem rumo”, adverte. Por outro lado, defende ainda, é preciso definir também um processo eficaz de comunicação entre departamentos.


Estes são, no seu entender, “os dois grandes pilares para permitir que um sistema de gestão da qualidade funcione de forma eficaz”. “Se estiver tudo espelhado num sistema de gestão de qualidade, isto acaba por ser a ‘espinha dorsal’ porque define o processo. E depois de definir o processo, é preciso designar as funções do processo e de cada um dos seus intervenientes”, explica. Transversal a toda a empresa, este sistema deve ser otimizado, de forma a garantir a produtividade e rentabilidade.



Capital humano

E se as tecnologias têm um peso importante nesta questão, as pessoas são, contudo, o elemento diferenciador, considera. “As tecnologias têm a possibilidade de nos ajudar a compilar dados e a organizar a informação, mas a decisão de como otimizar os processos ou como interpretar os resultados das auditorias ou sugestões que vamos recebendo internamente, isso é feito pelas pessoas”, defende, frisando que “o capital humano é fundamental para a definição de processos; não vamos colocar a tecnologia a fazer isso”.


O papel da tecnologia está, no seu entender, reservado a “dar indicadores, medir os procedimentos e depois, ao longo dos meses, verificar esses valores”. E os resultados dessas avaliações afiguram-se de grande importância para a definição de oportunidades de melhoria.


Jorge Cardoso adverte ainda para um outro ponto que considera fundamental: a gestão da qualidade deve ter uma ligação estreita com a administração e ser independente de todos os departamentos, sejam eles produtivos ou não.


De uma maneira geral, considera, as empresas de moldes têm presentes estas questões, tanto mais que, lembra, a generalidade dos clientes procura fornecedores com processos robustos, organizados e otimizados que lhes ofereçam confiança.


Um sistema de qualidade pode, no seu entender, fazer diferença numa empresa porque permite que “consiga tomar melhores decisões, quer sobre o chão de fábrica, quer sobre os departamentos produtivos e não produtivos”. E essa diferença nota-se, sobretudo, em momentos como aquele que vive a indústria atualmente, devido à pandemia de Covid-19.


“Os preços e prazos estão a ser esmagados e se a empresa já não tinha boa organização, acabará por colapsar, porque não consegue manter uma estrutura a funcionar”, alerta. Por isso, qualidade e otimização têm de caminhar lado a lado, de forma a assegurar uma melhoria contínua dos processos e rentabilidade.





Texto: Helena Silva
Publicação: Revista TECH-i9 (2021)