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13 Outubro 2022
“A inovação impacta diretamente a sustentabilidade das empresas em todos os vetores”. Jaime Sá, do Grupo Simoldes, é perentório: “ela é essencial no desenvolvimento de novas soluções que garantam a preferência dos clientes e parceiros do nosso ecossistema, no desenvolvimento de novas formas de gestão e de processos produtivos mais eficientes e com maior nível de qualidade”.
  
Por isso, defende, “a inovação sustentável introduz melhorias que têm como consequências a poupança de energia, a redução de desperdícios e de poluição e contribui para um desenvolvimento de produto ou serviço mais eficiente, sustentando o objetivo ambiental da empresa”.
  
Na Simoldes, exemplifica, a inovação “é identificada como um fator crítico chave para a nossa competitividade estando, conjuntamente com a sustentabilidade, incluída na nossa missão e propósito”. “Não vemos como de outra forma será possível pensar no futuro”, enfatiza.
  
Os objetivos do processo de inovação no grupo são a sustentabilidade, a competitividade e o conhecimento.
  
“Uma das nossas prioridades é contribuir diretamente para a redução do consumo de energia na produção e na criação de produtos mais leves para a redução de utilização de matéria-prima e de peso dos veículos automóveis”, conta, adiantando que “o resultado dos nossos projetos de inovação tem contribuído para um consumo menor tanto nos ICE como nos BEV, e também na redução de dióxido de carbono através da utilização de materiais biocompósitos, aumento de materiais reciclados ou reutilizados e de processos de manufatura aditiva”.
  
Aponta como exemplo alguns dos processos de inovação em curso ou já em produção série, como PROTEVS, Bluenergy, Oceanbattery, PVAB, MAPP & Coreback & Toyocell, Leisa, B2 Solutions, Boost Recycled Materials, Additive Manufacturing Technologies, Nanosim e iTool.
  
O compromisso ambiental da Simoldes, sublinha, “está publicado no ‘Sustainability Report’, que é um relatório publicado e atualizado regularmente”.
  
A articulação entre inovação e tecnologia tem, no seu entender, um ponto de partida: a consciencialização da importância de contribuir para uma sociedade melhor. E este compromisso, salienta, “é igualmente valorizado pelo cliente como a qualidade, a competitividade e o serviço”.
  
“Tendo isto em conta, quando preparamos o nosso plano de inovação, as questões tecnológicas e ambientais são igualmente incluídas e enquadradas na nossa estratégia, definindo os elementos-chave, como por exemplo as tecnologias limpas, a redução de peso e a indústria 4.0, resultando em projetos e componentes que contribuem para a redução de peso e em programas de sustentabilidade”, explica, acrescentando que “a concretização destes programas, em alguns casos, é feita com a participação e envolvimento dos nossos clientes e parceiros”.
  
  
Foco no ambiente
Para Jaime Sá, “não faz sentido desenvolver uma tecnologia que não contribua para a sustentabilidade ambiental e redução do LCA”. E esta articulação acaba por impactar, de forma positiva, no custo do processo produtivo que, afirma, regista melhorias no próprio processo, nos materiais e na redução do desperdício.
  
Este benefício é gerado “através da implementação de atividades de melhoria contínua que, por sua vez, resultam de uma vocação inovadora”.
  
Mas, adverte, “igualmente importante é a criação de valor que o processo de inovação traz”. Por isso, adianta, o grande objetivo do grupo é “melhorar o processo produtivo criando mais valor e maior preferência no cliente”.
  
Jaime Sá destaca ainda que as empresas “têm que cumprir com diferentes regulamentos dos diferentes países em que operam, enfrentam tendências de mercado diversas e exigentes, operam com cadeias de fornecimento muito complexas”, para explicar que “os clientes e a sociedade pedem cada vez mais produtos acessíveis, que cumpram com as especificações e funcionalidades para que foram desenvolvidos e que contribuam para um ambiente mais limpo e sustentável”.
  
Ora, sublinha, “tudo isto obriga a um compromisso com todos os parceiros que fazem parte do ecossistema em que estamos envolvidos e incluir estes requisitos no seu propósito”.
  
“Entender que estas características fazem parte das especificações dos produtos e serviços que fornecem não basta, é também necessário quantificar, reduzir e seguir o impacto ambiental associado ao produto e processo, ao longo de todo o seu ciclo de vida”, defende, adiantando que “este processo, designado por LCA (life-cycle assessment), permite comparar dois produtos para que se possa escolher o que tem menor impacto ambiental, sendo que o foco não é somente o preço ou uma parte do processo mas toda o ciclo de vida (matérias-primas, processo, transporte, utilização e fim de vida)”.
  
As empresas têm, a seu ver, importantes desafios nesta matéria. Por um lado, considera, é necessário “ter consciência da importância do desafio ambiental e desenvolver um plano de sustentabilidade, comprometendo positivamente a empresa para o bem-estar social, económico e ambiental de todos os parceiros”. Por outro lado, é imprescindível “medir a evolução e seguir os compromissos assumidos”.
  
Para Jaime Sá, o maior desafio poderá ser a dimensão da grande parte das empresas. Mas esta é também, no seu ponto de vista, “uma grande oportunidade para a colaboração entre empresas, aumentando o fator de escala necessário para a realização de alguns destes desafios”. É que, enfatiza, “a questão ambiental é um desafio atual para as empresas, que, bem gerido, trará mais valias e um fator de diferenciação apreciado e valorizado por todos os parceiros do negócio”.
  
A sustentabilidade ambiental, acredita, “é uma questão bem presente neste sector e creio que os principais processos que estão em curso são a certificação ambiental, a indústria 4.0, a digitalização do processo de negócio e a redução do consumo de energia”.