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ESG é a sigla de Environmental, Social e Governance (Ambiental, Social e Governança), e refere-se a um conjunto de critérios utilizados para avaliar a sustentabilidade e o impacto ético de uma empresa ou de um negócio. Estes critérios são divididos em três categorias principais: impacto ambiental, responsabilidade social e práticas de governança.
A adoção do ESG tem vindo a crescer de forma significativa, impulsionada pela necessidade de equilibrar os retornos financeiros com os impactos ambientais e sociais das atividades empresariais.
O conceito de ESG emergiu no início dos anos 2000 como a evolução das práticas de responsabilidade social corporativa, ganhando destaque com a publicação dos Princípios para o Investimento Responsável (PRI) pela ONU, em 2006. Estes princípios incentivaram investidores a integrarem fatores ambientais, sociais e de governança nas suas decisões de investimento, destacando a importância de práticas empresariais sustentáveis.
A partir de 2015, com a adoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e o Acordo de Paris sobre as alterações climáticas, o ESG tornou-se central na estratégia das empresas e nos critérios de investimento. Regulamentações como a Diretiva de Relato Não Financeiro (2014/95/UE) da União Europeia, que entrou em vigor em 2018, começaram a exigir que grandes empresas divulgassem informações sobre o modelo de monitorização e gestão dos impactos ambientais, sociais e de governança.
Nos últimos anos, as diretivas ESG têm sido reforçadas, especialmente com a proposta da nova Diretiva de Relato de Sustentabilidade Corporativa (CSRD) da UE, que entrou em vigor no início deste ano. Esta normativa europeia desencadeou o aumento da valorização por investidores e financiadores, que atualmente procuram empresas comprometidas com a sustentabilidade e a responsabilidade social. Esta procura desencadeou o aumento das exigências do relato de sustentabilidade e ESG, tornando-os mais detalhados e acessíveis a um leque mais vasto de empresas, passando a ser um fator decisivo para o crescimento, inovação e competitividade das empresas.
Ultimamente, a indústria de moldes e plásticos tem-se mostrado cada vez mais consciente da importância de integrar a sustentabilidade nos seus modelos de negócio. Esta integração é essencial não só para responder às exigências de um mercado cada vez mais orientado para a sustentabilidade, mas também para garantir a viabilidade a longo prazo das empresas do sector.
OPORTUNIDADES E BENEFÍCIOS DA IMPLEMENTAÇÃO DE ESG NA INDÚSTRIA DE MOLDES E PLÁSTICOS
Para implementar o ESG de forma eficaz é essencial começar por capacitar uma equipa responsável, permitindo a tomada de decisões informadas e responsáveis. Em seguida, deve-se identificar e avaliar os impactos mais relevantes na empresa, evidenciando a dupla materialidade, que considera tanto os efeitos financeiros como os impactos ambientais e sociais. Este estudo é crucial, pois fortalece a transparência e a confiança com os stakeholders, além de promover a resiliência e competitividade da empresa a longo prazo.
Após isso, é necessário estabelecer metas ESG ambiciosas, mensuráveis e alinhadas com a estratégia empresarial. A transparência é fundamental, e o relatório de sustentabilidade deve divulgar os resultados e impactos das atividades da empresa, permitindo a comparação com metas anteriores e a definição de novos objetivos. Divulgar os resultados de forma clara e padronizada melhora a competitividade e atrai investidores.
A implementação de princípios ESG traz diversas oportunidades para o sector dos moldes e plásticos. Por exemplo, a adoção de práticas mais sustentáveis pode resultar numa redução significativa de custos através da otimização de recursos e melhoria da eficiência operacional. Além disso, a busca por soluções mais sustentáveis pode impulsionar a inovação, especialmente na utilização de novos materiais recicláveis ou biodegradáveis, na adoção de processos de lean manufacturing e no desenvolvimento de novos produtos e soluções.
O ESG não beneficia apenas as empresas, mas também os stakeholders e a sociedade em geral. Práticas que minimizam o impacto ambiental, como a redução da poluição e o uso eficiente de recursos, permitem que as empresas operem de forma mais sustentável. Paralelamente, ao promover a responsabilidade social e a boa governança, as empresas melhoram a sua reputação, tornando-se mais atrativas para investidores que valorizam a segurança e a responsabilidade a longo prazo.
A adoção de práticas ESG é particularmente relevante na indústria de moldes e plásticos, tradicionalmente associada a impactos ambientais negativos. A crescente pressão para reduzir as emissões de carbono e o desperdício está a levar a mudanças significativas no sector. Empresas que implementam práticas ecológicas, como o uso de materiais reciclados e a inovação tecnológica, não só contribuem para um ambiente mais limpo, como também se destacam num mercado cada vez mais voltado para a sustentabilidade.
No campo social, a indústria está a focar-se na melhoria das condições de trabalho e na promoção da igualdade e inclusão. Estas iniciativas beneficiam não só os colaboradores, mas também reforçam a responsabilidade social das empresas perante as comunidades onde operam.
Em termos de governança, a transparência e o cumprimento das normas são fundamentais para garantir a confiança dos investidores e do público. Empresas que implementam boas práticas de governança tendem a ser mais resilientes e adaptáveis às mudanças regulatórias e de mercado.
RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE E APOIO À IMPLEMENTAÇÃO DE PRÁTICAS ESG
Os relatórios de sustentabilidade são instrumentos essenciais para a comunicação das práticas ESG. Estes relatórios permitem que as empresas divulguem de forma detalhada o seu desempenho em relação aos três pilares do ESG, fornecendo informações cruciais para investidores, clientes, reguladores e outros stakeholders. A utilização de frameworks como o ESRS, GRI, SASB ou TCFD ajuda a estruturar estes relatórios de forma padronizada e comparável, facilitando a avaliação do compromisso das empresas com práticas sustentáveis e contribuindo para um desenvolvimento económico mais equilibrado e justo.
A integração de ESG nos relatórios de sustentabilidade é, portanto, essencial para a transparência corporativa e para uma tomada de decisões informada por parte dos diversos stakeholders.
O FUTURO DO ESG NA INDÚSTRIA DE MOLDES E PLÁSTICOS
O futuro do ESG na indústria de moldes e plásticos é promissor, mas também apresenta desafios significativos. As empresas que adotarem estas práticas de forma célere estarão mais bem preparadas para prosperar num ambiente cada vez mais competitivo e consciente. Embora os investimentos e mudanças necessárias possam ser desafiantes, os benefícios a longo prazo para o planeta e a sociedade são inegáveis, tornando o ESG uma estratégia essencial para o sucesso futuro. A adoção de práticas ESG representa uma oportunidade única para as empresas do sector de moldes e plásticos se posicionarem na vanguarda da sustentabilidade, garantindo não só o seu crescimento, mas também contribuindo para um futuro mais equilibrado e justo para todos.
O CENTIMFE tem uma equipa ao dispor do sector para a implementação de práticas ESG e apoio à elaboração dos relatórios de sustentabilidade, de acordo com as diferentes normativas de referência. Procura-se, assim, não apenas garantir que as empresas cumpram os requisitos ESG, mas também melhorar a sua sustentabilidade e competitividade no mercado.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
• Eccles, R. G., Ioannou, I., & Serafeim, G. (2014). The Impact of Corporate Sustainability on Organizational Processes and Performance. Management Science, 60(11), 2835-2857.
• United Nations. (2006). Principles for Responsible Investment. Disponível em: https://www.unpri.org/
• União Europeia. (2014). Diretiva 2014/95/UE do Parlamento Europeu e do Conselho. Jornal Oficial da União Europeia.
• União Europeia. (2021). Proposal for a Corporate Sustainability Reporting Directive (CSRD). Disponível em: https://ec.europa.eu/