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Tecnologia & Inovação

Fabrico Aditivo: o futuro da excelência em todas as etapas da produção e injeção de moldes

23 Fevereiro 2021

A indústria dos moldes de injeção de plástico em Portugal consolida-se, ano após ano, como um dos sectores mais robustos da economia nacional. É reconhecida pela qualidade dos seus produtos, tanto o produto injetado, como no molde que lhe dá forma. Não obstante, o sector assenta a sua estratégia competitiva na constante procura de melhorias.


Tudo isto resulta num sector com um forte pendor de inovação, que encoraja a criação de novos e inovadores produtos, e processos de fabrico cada vez mais otimizados, mais precisos, e com maior qualidade.


Entre as tecnologias que marcam este percurso de inovação nos últimos anos, destacam-se os processos de otimização avançados baseados em técnicas de fabrico mistas. Estas otimizações têm por base a combinação de tecnologias de fabrico de moldes, com a introdução de tecnologias de fabrico aditivo (também conhecida por impressão 3D) nos processos convencionais de fabrico (fresagem CNC, por exemplo).



MAIOR COMPETITIVIDADE COM A REDUÇÃO DO TEMPO DE CICLO

Tendo como objetivo aumentar o nível de competitividade dos produtos - do molde, e consequentemente do produto injetado - nos mercados nacional e internacional, estas otimizações centram-se na redução dos tempos de ciclo, com foco no arrefecimento, e no aumento do ciclo de vida do molde através de um maior número de ciclos da cavidade moldante.


Com a introdução de tecnologias de fabrico aditivo torna-se possível a construção de elementos complexos, impossíveis de fabricar por tecnologias de subtração. Isto possibilita a criação de moldes com áreas de transferência de calor muito superiores aqueles produzidos convencionalmente, já que uma maior taxa de arrefecimento se traduz numa redução significativa dos ciclos de arrefecimento, que viabilizam a ação sob o valor acrescentado do produto injetado.


Com o fabrico aditivo, conseguimos hoje em dia injetar peças e geometrias, que com processos convencionais eram até então impossíveis ou muito dispendiosas de conseguir. Este facto deve-se à impossibilidade de se efetuarem canais conformais de refrigeração, em dimensões e direções, reduzidas e complexas ao mesmo tempo.


Neste âmbito, a produção de postiços e insertos é tipicamente obtida por sinterização seletiva de metal (SLM). Camada a camada, partindo de uma “cama” de pó metálico, e sintetizando cada camada no sentido vertical - o pó metálico dará origem ao futuro componente do molde.



TEMPOS DE VIDA MAIS LONGOS COM DED E IMPRESSÃO MULTIMATERIAL

Para aumentar o ciclo de vida do produto, a tecnologia de fabrico aditivo mais adequada é a deposição direta de metal (DED), que consiste na deposição de pós ou fio metálicos fundidos por laser numa superfície metálica.


Aplicado aos moldes, o princípio de aplicação ainda se torna mais versátil, pois a tecnologia tem uma vertente multimaterial, ao contrário da sinterização seletiva de metal, que permite a impressão em distintos materiais, mas apenas de um único material por cada impressão.



Fotos: INEGI



Continue a ler este artigo na versão digital da revista MOLDE, disponível em www.cefamol.pt.


Texto: Luís Oliveira | Engenheiro especialista em Fabrico Aditivo no INEGI

Edição: 128 (Especial: Marketing & Promoção)