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Revista Molde

Testes são a chave para a excelência do fabrico do molde

21 Novembro 2024

Texto por Helena Silva (revista Molde)



No fabrico de moldes, a precisão e a qualidade são a chave para garantir o sucesso de qualquer projeto. Embora a tecnologia tenha avançado com simulações muito completas e sofisticadas, o ensaio físico continua a ser um fator crucial para assegurar a fiabilidade e a excelência dos moldes produzidos. O teste é um passo imprescindível no processo de fabrico.


Apesar de a indústria dispor de ferramentas tecnologicamente avançadas, como simulações e análises, “nada substitui os testes reais” ao funcionamento do molde. Quem o defende é Hugo Carlos, da Tecnimoplás. No seu entender, as tecnologias de simulação são ferramentas essenciais, mas “não são suficientes” para aferir a eficiência que se pretende que o molde alcance. É que, salienta, apenas os ensaios constituem a forma mais fiel de "garantir a qualidade, o aspeto e o funcionamento do molde". A simulação, adianta, não consegue prever todos os resultados, como manchas ou imperfeições nas peças. Portanto, o ensaio físico é vital para assegurar a viabilidade do produto final.


Um dos desafios neste processo, acentua, é a variedade de novos materiais com os quais as empresas têm de lidar. Muitos, conta, chegam de fornecedores diferentes e requerem tempo para se compreender completamente o seu comportamento. "Os ensaios permitem-nos conhecer as características desses materiais e garantir que o molde cumpre as expectativas", defende.


A eficiência dos ensaios também tem impacto direto na competitividade da empresa. Hugo Carlos realça a importância de fazer bem à primeira. "Cada vez mais, o fabricante tem de acertar à primeira para conseguir ser competitivo", sublinha, voltando a enfatizar a importância dos testes também nesta questão. “Os testes são imprescindíveis para garantir a produção ininterrupta e identificar ajustes antes do envio dos moldes”, realça.


Outro ponto essencial abordado por Hugo Carlos é a relação estreita com os clientes durante o processo de ensaio. Em muitos casos, os clientes – e destaca, como exemplo, os originários dos Estados Unidos -, assistem ao ensaio e a sua presença, em muitos casos, agiliza a tomada de decisões rápidas. "Se houver uma questão, o cliente pode tomar uma decisão no local", explica. Para os clientes que não estão presentes, a Tecnimoplás assegura os ajustes necessários até o molde corresponder às expectativas desejadas, esclarece.



ENSAIOS INTERNOS

A Tecnimoplás, conta, decidiu estabelecer o seu próprio centro de ensaios de moldes há 16 anos, uma decisão que considera “estratégica”. A criação deste departamento ‘em casa’ permitiu maior rapidez e eficiência, especialmente por questões logísticas e de confidencialidade de projetos. "O nosso centro de ensaios é uma parte crucial da nossa operação", enfatiza, adiantando que isso também é valorizado pelos clientes no momento da tomada de decisão da entrega dos projetos.


O responsável da empresa refere ainda outros desafios que a Tecnimoplás enfrenta no campo das novas tecnologias e materiais, especialmente quando não se justifica o investimento em equipamentos muito específicos. E nesses casos, acrescenta, justifica-se o recurso a empresas especializadas em ensaios. Nos restantes, a ligação e proximidade entre as equipas dentro da empresa afiguram-se como uma mais-valia para a aposta no centro interno de ensaios dos moldes.


Hugo Carlos considera ainda que o teste do molde não é apenas uma validação da sua qualidade, mas antes “uma aprendizagem contínua”. É que, sustenta, a experiência adquirida através dos ensaios que realiza permite à Tecnimoplás responder com rapidez e qualidade às exigências crescentes dos seus clientes.