Foco no Desempenho: Prolongar a Vida Útil das Ferramentas na Furação de Compósitos CFRP-Alumínio
Um design inovador de broca de metal duro integral com revestimen (...)
30 Outubro 2025
15 Julho 2024
Portugal tem estado cada vez mais na mira do investimento para sectores como a aeronáutica, o espaço e a defesa, não apenas pela sua localização privilegiada, estando próximo de grandes hubs aeroespaciais, como também pela excelente capacidade de investigação e de formação dos seus profissionais (Portugal tem uma das maiores taxas de engenheiros da União Europeia, conferindo-lhe notoriedade internacional).
De acordo com a AED Cluster Portugal, o cluster da aeronáutica, espaço e defesa alcançou um volume de negócios de 1.72 mil milhões de euros e envolve mais de 140 stakeholders que combinam conhecimentos e competências no design, conceção e produção de ferramentas, componentes e moldes, assim como a disponibilização de tecnologia, equipamentos e serviços. Cerca de 90 % da produção nacional destina-se a mercados estrangeiros e a clientes como a Airbus, a Boeing, a Dassault, a Embraer, a Leonardo e Lockheed Martin.
«Don't tell me the sky's the limit when there are footprints on the moon»*
A conquista do espaço há muito que deixou de ser exclusiva de superpotências, por motivos geopolíticos e de segurança. O conceito de New Space está tornar-se preponderante e refere-se à utilização comercial do espaço. Ricardo Conde, presidente da Agência Espacial Portuguesa, dá conta de que o espaço enquanto negócio contempla a disponibilização de serviços de telecomunicações, a observação terrestre com uma resolução temporal e espacial muito elevada, entre outras, e que o investimento nacional neste sector ascendeu aos 135 milhões de euros em 2023.
Embora o sector espacial se alicerce em cooperação e a participação portuguesa continuar a ter o seu papel em missões internacionais, Ricardo Conde defende que é necessário manter uma componente nacional e, neste caso, a reentrada de cápsulas é uma oportunidade para o país, focando o Centro Tecnológico Espacial em Santa Maria (Açores) como o centro de missões de reentrada da Europa.
*citação do autor Paul Brandt
Isto não é (só) rocket science!
Ao longo dos anos, o espaço tem assumido uma preponderância cada vez maior e mais transversal, beneficiando outras indústrias como a logística e supply chain, a alimentar, a defesa, os bens de consumo e as telecomunicações. Um relatório do World Economic Forum prevê que estes cinco sectores gerarão mais de 60 % do crescimento da economia espacial até 2035.
Para além da geração de receitas, o espaço desempenhará um papel cada vez mais crucial na atenuação dos desafios mundiais, desde alertas de catástrofes e monitorização do clima, à melhoria da resposta humanitária e uma prosperidade mais alargada. Contudo, a colaboração entre os atores públicos e privados será fundamental para garantir que as capacidades espaciais atinjam este potencial.
Este texto foi redigido com base nas informações presentes na revista Aeronautics, Space and Defence: The sky may not be the limit, da AICEP (junho 2024) e no relatório Space: The $1.8 Trillion Opportunity for Global Economic Growth, do World Economic Forum (abril 2024).